Ainda não entendi o sofrer por amar.
Busco uma saída que possa abrandar
Preciso d'uma catarse para alma lavar
Doravante, toda mágoa e falsidade,
Expulsar do meu quotidiano será prioridade.
Fomentar sentimentos contidos não traz felicidade.
Garantir minha paz interior, isto sim!
Horas mortas, quero senti-las chegar ao fim,
Inteira estou, preciso permanecer assim.
Jogar com a sorte, digerir lembranças agir com todo zelo,
Lamúrias não combinam com meu novo modelo,
Medos todos sepultados, foi do coração, um apelo.
Nada de resquícios sobejando em meu ser,
O tempo foi generoso, diluiu o doentio querer
Pois,varreu a ponte cerebral, metas veio estabelecer.
Que viver em liberdade é melhor que ser dominada,
Reagir contra enganos e desenganos é ser determinada,
Sensibilidade precisa ser aflorada e explorada.
Tosquiar as arestas pontiagudas às margens do coração
Ultimar todas as lembranças amargas, viver nova emoção.
Valendo-me da força de mulher dei um basta na ilusão.
Xavier era seu nome, criatura quase inesquecível.
Zombou de mim, pensou ser invencível!
Estilo criado pela poetisa Norma Silveira